Eu não sabia
Assinava meu primeiro nome
Nunca tive
apelidos
Sequer sonhava um grande amor.
Espaço era esta cadeira empoeirada
Esse quarto com uma toalha lavada
E só.
Um mundo só meu
Muita coisa bonita
Outras nem tanto.
Minha é rudimentar, e não há convites para ingresso
Não gosto de visitas
Sou dura, chata, grossa, de casca suave e macia
E eu mal sabia
Isso era falta.
E eu me lembro
Quando a campahia tocava
Meu desespero zunia
Era a falta.
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A campahia tocada por um doce abraço, amiga das minhas revoluções juvenis, desenhista engenhosa e colega de idéias megalomaniacas, assinante assídua e organizadora dos meus abaixoassinados, companheira Campahia..
Dim Dom, seu dia, toque como nunca, em todas as portas, pois sua visita será sempre um Fluxo Intenso.
3 comentários:
Eu não vejo a hora de te ver... a casca dura eu tb tenho, mas tb espero pelo dindon... dói, né?
A Falta sempre me visita também...
As vezes fica hospedada por semanas, meses, anos...
Fico pensando se ela é realmente tão necessaria! As vezes queria que ela perdesse o meu endereço!
Adorei o texto!
beijinhos
A falta brota pq emergimos para a vida ao sermos expelidos do "paraíso", para comermos o pão com o nosso próprio suor. A unidade intra-uterina é rompida, saímos da zona de conforto e somos obrigados a nos atirar para a vida, a fazer nossa própria história, em palcos e cenário por veras rústicos. Com plateías, coadjuvantes e antagonistas que repletem nossas luzes e sombras seja para nossa euforia ou para nosso desespero. E pq? Porque precisamos de integração e complementação. Precisamos ser amados mais do que afeiçoados. Como a conquista do amor não tem seguro e é impossível amar sozinho precisamos nos lançar ao ataque e não poucas vezes tomamos o contra-ataque fechamos o jogo, amarramos a carra, fazemos tipos para demonstrar poder. O poder q é vital na conquista, é o combustível da paixão, mas precisa abdicado para nos entregarmos e recebermos em amor.
Julio César
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