Da sua boca...Silêncio!
Eu esperei da sua boca... Um som solto.
Talvez um sopro. Ou uma silaba qualquer...
Esperei um sinal...
Quem sabe até linguagem corporal...
Na minha esperança de mulher.
Silêncio!
De ouvidos em pé, esperei sentada:
Corda, vozes e violão.
Perdendo o tom, quis ouvir ser amada.
Aguardando a mesma velha canção.
Silêncio!
Desejei a sua língua,
Seus movimentos soltos.
E de tanta demora:
Eu quis te cortar o pescoço!
Silêncio!
O meu tímpano não está furado,
A sua boca não está em greve.
Por que você demora tanto
Pra dizer o que me serve?
Silêncio!
Eu sigo meu curso,
Não dá mais pra te esperar.
As palavras já estão mudas
Não há porque te escutar.
2 comentários:
Quisera o poeta que andasse por aí a poesia
Bastaria capturá-las e lançá-las ao papel
Amariam os amantes o mesmo destino pronto?
Fazendo da poesia cotidiano conto
Tornando todas as indiossincrasias um mero ponto?
Sôfregos, eu creio, diriam que sim
Alertas, dispertos, ébrios e risonhos saberiam que não..
tenho um acordo com o silêncio, tua poesia me fez pensar..
e ver tb como o silêncio de um pode ser vasta produção do outro..
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