S.P
Dizem que você é feia
Rápida
Selva de pedras
Eu gosto de você
Gosto dos seus contornos
Assim não me sinto só
Não vejo vastos horizontes
Não vejo vazio
Porque não gosto mesmo do vazio
Não lido bem com ele
E hoje sei que não tenho que lidar
Tenho certeza que irei
Para nunca mais voltar
Para ganhar novos contornos
No meu corpo de grandes vazios
8 comentários:
Um contraponto
Ao seu apontamento
Ao seu conto
À todo esse engarrafamento
Esse mundo de cimento
Sem horizonte
Onde o que há ali de fronte
Trás do monte
É apenas concreto
Sem-teto
Fumaça de escapamento
Gente passante apressada
Atribulada
Preocupada
Com a jornada cotidiana
Insana
Prefiro o vazio
Ao frio humano do concreto paulistano
Prefiro o cerrado
O planalto
Esse altiplano..
Mas gosto, cada um tem o seu..
Então boa caminahda pela sua nova morada..
acho que a gente tá na hora de fazer convite pra esse poeta comentador aí, viu, marina?! eu gosto demais!!!
nossa, saiu tudo ao contrário!!
vamos lá para mais uma tentativa:
Acho que tá na hora de (a gente fazer, mas aí fica feio demais) fazermos o convite pra esse poeta comentador aí, viu, Marina? Eu gosto demais!
Acho que tem razão que o concreto frio de São Paulo é dolorido, mas essa dor nos deixa em movimento, enxergando o amontoado de desigualdades. Creio que o mais dificil é que temos em nossa visão uma complexidade de contra-mão, que por muitas vezes nos paralisa físicamente, mas o nosso coração não para e os nossos olhos não são vendados, pq em São Paulo, a realidade bate na minha porta, e não vejo isso como algo ameaçador e sim como um convite para viver essa realidade.
Pra mim Brasilia é muito querida, me dá tranquilidade, me deu o meu amor e o horizonte me dá espaço para ficar tranquilo, poder correr, sair da estrada, porém é uma realidade isolada, milimetricamente planejada para não sofrer interferencia e esse vazio, de não viver o que está em volta da ilha, como o vazio de uma cidade cenográfica, me faz questionar o quanto essa paz não é ilusória.
Agora, concordo com a Alissa, Salve Jorge é bem bom!
Pelo ar da madrugada
aqui, em São Paulo
a marginal
é apenas uma imensa estrada.
Rompe com todas as fronteiras
e encontra o que não se destina a nenhuma cidade
e é sim, uma busca de uma vida inteira.
O Amor está em São Paulo ou em qualquer morada que te deixa assim pequena
embora essencial.
Ps: Seu Jorge, quem é vc?
Ana Lima
Da resposta que me anima
A dona aí de cima
FArei dá resposta, a uma pergunta tão ampla
Oficina..
Para que o espaço não oprima
Terei a pompa
De ser raso, largo e profundo
Já que falamos do mundo
De meu ser imundo
E dos passos de que sou oriundo
Veja bem Donana
Sou um poeta qualquer
Horizontalizado nas percepções
Senhor de palavras profanas
De idéias insanas
E, demasiado humano, até de coisas tacanhas
Poucas vezes planas
Muitas tantas vertiginosas e infâmes..
MAiores que os nomes
Temos tantas identidades
Que alheio a pretensas verdades
Seria melhor ater-me ao inicial
Da selva de concreto e metal
Essa sampa aí, a capital
É que eu não curto o astral
O abafado manacial
De buzinas, fumaça e tensões
Os ônibus, carros e caminhões
Prefiro meus grotões
Meu cerrado extenso
A cor do céu e o gosto do vento
MAs não me entenda mal
Valorizo a deselegÂncia discreta de suas meninas
Só sou propenso
A outros padrões
MAs de certo temos muitos passos a dar
Enquanto o papo há de rolar..
Então venha me visitar
E seguiremos o argumento...
Chegou assim sensívelmente agressivo
Ditando manaciais de fogo
sob meus reclames e tin tins
Caminhando pelos assombros
grunindo poeticamente
anguns discretos assolos
fez-me chorar assim fácil,
o meu olho foi quem sentiu.
Achei que já lhe conhecia, de profunda a palavra que soava,
e vinha.
e mesmo não sabendo quem era
Disse-me mais que uma verdade, dentre elas:
Salve náo só ao Jorge, mas a horizontalidade, aquela que não existe, em nossa dura, inocócua realidade.
E afora da regionalidade
no discurso da potência
da sua ou da minha cidade
os campos extensos são a prosa,
a poesia
versus a vaidade.
Quanto a ânsia das meninas daqui,
e a vingança das meninas de acolá
jubilam
e silencia-me
porque vejo a cólera sob toda e qualquer floresta, e por isso escrevo, como um vômito, ou esterco.
É bom revê-lo, sob a identidade de outro alguém.
É bom ter chorado por sentir-me acompanhada.
É bom versar a toa
como se fosse uma conversa de amigos.
Seja mais uma vez, agora conhecido, muito bem vindo.
Pois saiba Dona que me anima
QUe amigos somos velhos
COmpanheiros podemos ser eternos
E proseios faremos com todo e qualquer verbo
E nossa sintonia reverbera
Impera
Já não espera
A hora de ser campo extenso
Desses bem propensos
A cercar as bucólicas intimidades
Venha de asas abertas
E voaremos ávidos
De oníricos narrados
Seja pelo concreto, seja pelo planalto
E se mais ainda quiseres
MSn, orkut, email, sinais de fumaça, pombos correios ou quaiquer outros meios
Forneço-lhes sorrindo
Cioso da magnitude de sua persona
De deixar na lona
Os que seguem fugindo
Enquanto nós vamos sereno indo
E se a gente quiser
Podemos até pousar
Venha cá para o meu mar
E tome uma cerveja comigo..
Postar um comentário